domingo, 1 de maio de 2011

Tornar-se advogada.

Não tem muito tempo que absolvi um homicida.
A primeira absolvição? Um estuprador. Sim, o temor de toda menina na faculdade.
Foi inevitável pensar: Meu Deus, o que eu estou fazendo?

E eu chorei. Eu sempre choro.

Questionei, sinceramente, se era isso que eu queria pra minha vida. Advogar com lealdade, usar todo meu conhecimento a favor de um criminoso? Ou então aceitar o encargo e fazer de qualquer jeito, deixando quem sabe um inocente parar no sistema criminal podre do País?

Não cheguei a nenhuma conclusão. Acho até que gente com 50 anos de carreira não chegou também.
Penso, então, que sou mera aplicadora da Lei. Justa, não justa.

E eles, criminosos ou não, que se entendam ña entrada do Paraíso.