domingo, 30 de janeiro de 2011

Eu olho pra um dos lados da minha cama de casal improvisada e vejo o homem da minha vida. Tá ali, tão ao alcance dos meus dedos. Dormindo.Cama de casal improvisada são dois colchões de solteiro juntos. O de casal vem ano que vem, no apartamnto novo. Do outro lado, a Penelope. Dormindo também.  Lembro que ela é minha senha de tudo Minha boneca. Uma sensação de felicidade, plenitude e calma e de tudo de bom me invade. Dá pra ser mais feliz? Não dá.

Lembro que a casa está limpa, mesmo com tanto trabalho. Que o trabalho vai bem, mesmo com tanta casa. Que as contas estão pagas e a próxima viagem está sendo planejada.Vamos pro Chile. E pra Bahia. São as viagens do ano. Vamos ter um filho, adotar outro. A minha vida é sempre vamos. E eu adoro esse plural.

Minha vida é calma e mansidão. Problemas eu tenho, mas resolvo. Ou não. Dá pra ter mais calma? Não dá.

Tem guaranaviton de ginseng na geladeira. Comprei uma caixa no Atacadão. As aulas da pós recomeçam semana que vem. Essa ausência de excesso me torna plena. Dá pra ser mais plena? Não dá.

Se você me conheceu há cinco anos, no lugar daquela menina cheia de tanto vazio (e que gostava do oco) existe uma mulher calma, plena e feliz. Uma mulher no plural.


terça-feira, 25 de janeiro de 2011

De vermelho.

Quando eu tinha meus 13 e poucos anos, acreditava piamente que eu ouviria rock antigo em algum lugar. Fumaria um cigarro, daqueles de propaganda americana, que deixam a mocinha super estilosa. Que beberia whisky, num copo com muito gelo. Que pintaria as unhas dos pés de vermelho.

Era essa a imagem que eu tinha de mim.

Dez anos depois e só sobrou o esmalte, já que não bebo, não fumo e tenho uma ligeira queda por Bossa Nova.