6:30- Acordei (sim, da matina!!) pra tirar as roupas brancas que coloquei de molho no domingo antes do banho. Enquanto ia enxaguando (mamãe ensinou que tem que ser três águas- no mínimo) fui esquentando o lei e engolindo uns biscoitos integrais com queijo, aquele que lembra o cremutho sabe? Lembra mas não é. Sinto falta de coisas antigas no mercado, enfim.
7:00- a roupa estava lavada, eu estava comida (no sentido de café, claro- Não encontrei nenhum amigo colorido pra segunda de manhã. Ainda. Se eu achar juro que caso.) e a caminho do banho.
7:30- Tô atrasada, como sempre. O ônibus já passou. Dane-se, eu nem queria mesmoir com aquele motorista mal humorado que ouve música sertaneja suuuuuuper alto. Peguei o das 7:45.
8:10- 10 minutos atrasada. A triagem tem uns 100 negos, ou seja, isso significa que devo atender umas 20 pessoas hoje. Todas com os mesmos problemas, as mesmas vidas iguais. Nada muda. Mas eu gosto do que eu faço. Boto um sorriso no rosto e mando o primeiro entrar. Até o meio dia falo de pensão, alimentos, mando a Dona Maria voltar pra casa, que o seu José prometeu que paga o carne da máquina. Digo pra Creuza que primeiro tem que fazer DNA se ela quiser que o seu Joaquim pague a pensão. Ela insiste (Pô Dotôra, ele fez! Agora tem que esperar um ano? E como fica a menina? Não tenho nem dinheiro pro ônibus!). É, corta o coração, mas não tem jeito. Falo pra dona Izabel que se ela não desocupar o imóvel vão despejar. Ela diz que ficou doente, me mostra receitas, exames, uma caralhada de documentos comprovando o câncer generalizado. Dói mais ainda. Mas a lei é assim. Tem jeito não. Alugou, não pagou, despejou.
12:15- Olho meus emails e vou pro escritório. O ônibus da OAB saí 12:30 do fórum, na rua detrás.
13:10- Chego ao escritório e lembro que não comi, mas lembro também que tenho uma contra-razões de apelação, uma resposta de impugnação e uma réplica pra fazer. Óbvio que o almoço dançou.
16:10- Meu estômago grita um monte de coisas que não consigo ouvir, afinal tô com muita fome pra entender. O celular tocou umas 20 e doze vezes. Não aguento mais a musiquinha dele. Penso em desligar. Hoje é o dia dos chatos. Só gente chata pelo amor!
17:30- Vou pra casa e lembro de parar no Empório da Granola pra comer um quiche de frango integral, afinal, eu sou uma moçoila saudável se não considerarmos o chocolatedofimdesemana nem apipocadasextaanoite. NO meio do caminho lembro que preciso comprar meias pra corrida e o som da mamãe de aniversário. Lembro mas não vou atrás de nada. Preguiça. Lembro também que eu queria ter um personal pentelheitor(tipo aquele das organizações tabajaras sabe?) Ele faria todas essas coisas pra mim. Inclusive ir na merda da perfumaria, que sempre tem uma fila do cão, comprar a porra do descolorante de pelo. Maldita hora que nasci mulher. Pulta que me pariu minha avó!
18:30- Já estou no boxe. Passei em casa, troquei de roupa e fui. O professor resolveu que é dia de fazer luva (com homens!!!). Não adianta chorar, implorar, dizer que está cansada. Tem jeito não. "Vai fazer sim sra. dona Samantha. Sem manha". Pois é. Se eu contar como foi o dia, nem eu acredito, quem dirá ele.
20:30- O corpo todo dói mas eu preciso correr ainda. Projeto Musa do verão 2009. Preciso estar gostosona pra porra do biquini que eu vou usar no desfile da Sapucaí no ano que vem. Quem se importa se eu ainda não o comprei. Mentalmente já imagino. É a única maneira de ter forças pra correr.
22:15- Chego em casa, azul, verde e amarela de fome. Praticamente um arco íris. O ... liga (nome não revelado pra preservar a privacidade do moço- Ou seria a voracidade/carência das minhas poucas amigas?). Ele tem o sorriso mais lindo do mundo inteiro. Já disse isso? Pois .e Peço pra ele passar em casa às 23. Engulo um miojo, tomo um banho rápido e seco o cabelo (afinal, posso pegar uma gripe e mamãe me mataria) Eu vivo pegando gripes por sair com o cabelo molhado.
0:30- Volto. Feliz e contente. Boto o pijama e vou dormir, afinal, 6:60 tenho que estar de pé.
Isso foi só a segunda.
Juro que essa semana escreverei cada dia. Mesmo.