domingo, 31 de agosto de 2008

Alguém devolve meu radar já!
Tá foda viver sem parâmetro.

Pode esmurrar, pode entrar, sinta-se em casa, mas leva o que é teu.

Eu só ouço los hermanos. O dia inteiro. A noite toda. Coisa que me enloquece. A solidão continua lá. Batendo na porta, esmurrando. Não abro. Mas sei que ela está lá. E só de saber, sinto. A filha da puta é insistente pra caralho e nem todo meu boxe pode resolver. Estou me livrando dos meus fantasmas. Não procuro mais sarnas. Até o vizinho, a única pessoa que me interessava nessa cidade, me viu de pijama e com rinite hoje. Ótimo. Quem queria o vizinho gostosão, inteligente e boa pinta? Eu não, claro. Eu nem saberia o que fazer com ele na atual conjuntura. Não que eu seja anti social não cara, o mundo é que é. Até convivo bem com o que sobrou. É isso. Samantha sozinha, carente, e sem nenhuma chance de dar umas bitocas no vizinho.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

A fase.

Adeus você. Eu hoje vou pro lado de lá.
Eu tô levando tudo de mim que é pra não ter razão pra chorar.
Vê se te alimenta e não pensa que eu fui por não te amar.
Cuida do teu pra que ninguém te jogue no chão.
Procure dividir-se em alguém, procure-me em qualquer confusão.
Levanta e te sustenta e não pensa que eu fui por não te amar.
Quero ver você maior, meu bem.
Pra que minha vida siga a diante.
Pra que minha vida siga a diante.
Adeus você. Não venha mais me negacear.
Seu choro não me faz desistir, seu riso não me faz reclinar.
Acalma esta tormenta e se agüenta, que eu vou pro meu lugar. É bom, às vezes, se perder sem ter porque, sem ter razão.
É um dom saber envaidecer, por si, saber mudar de tom.
Quero não saber de cor, também, Para que minha vida siga adiante.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

O velho, o chapéu e minha cara de nada.

Estou eu, dia desses, no elevador do fórum. E no elevador de um fórum tem de tudo. Aula gratuita de Direito, dada por alunos de primeiro ano, velhinhas perdidas procurando alvarás, advogadas mal vestidas gritando no livre que orgulhosamente ostentam, mãe, avós e filhos, botam os pais (ou algo do gênero) no pau e por aí vai. Uma fauna. Infinidade de gente estranha, esquisita e sem graça, menos eu, claro.
Eis que entro, e logo depois de mim, um velhinho. Ele tira a boina, olha pra mim, sorri. Olho, sorrio e penso que é um velhinho simpático, desses que fazem o nosso dia feliz e nos deixam pensando se chegaremos tão bem lá. Sabe? Pois é. Mas ele foi além. Me disse pra não ficar assustada. No tempo dele, os moços tiravam o chapeú quando uma moça estava no recinto (hj eles tiram mesmo a roupa toda não?). Antes mesmo de eu dizer "Pois é, não se fazem mais desses", ele me diz: "E se vocês não tem mais isso, é por vossa culpa".
Fiquei muda.
Ele tem razão.
Toda razão do universo de putas loucas, vadias desenfreadas, devoradoras de homens alheios, em busca de sexo casual, e, quem sabe, algo mais sério, do tipo, trepada fixa. Quem sabe.
Tive vontade de chorar. Tá certo, ando mesmo emotiva. Ridícula, mas mamãe sempre disse que se eu pgasse minhas contas, podia ser o que quisesse. Sendo assim, posso chorar as 3 da tarde no elevador do fórum. Dane-se o blush e a cara ensolarada que eu tava, num dia chuvoso.
Pois é.
Hoje nossos homens não tiram mais o chapéu quando a gente entra no ambiente. São meras picas ambulantes, que nós mesmas fizemos questão que fosse assim.
Nem dá pra acreditar, mas a gente aplaude.
Maldita igualdade. Maldita superioridade que buscam incessantemente.
Prefiria ser amélia. Mesmo.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

As coisas e o armário.

Eu tenho a sensação de estar sempre atrasada. De não me enquadrar. É como se eu aplaudisse ou então risse, mesmo quando não há motivos, assim, tão óbvios. Ou o contrário, o que é ainda pior. Quando todo mundo acha graça, bate palma, eu não vejo sentido.
Não quero a síndrome disso, nem o transtorno daquilo. Definitivamente eu não preciso de definições. Existe algo pior que o carimbo que lhe botam na testa, como se isso, a nomenclatura, fosse capaz de traduzir alguma coisa? Quantas coisas mais não se traduzem e permanecem e vivem e nascem e crescem e se espalham como coisas. Sempre coisas. Inatingíveis, pois. Afinal, coisas. Papo de maluco não? Claro, não poderia ser diferente. Estou falando comigo mesma de mim própria.
Seria muito esperar alguém que compreenda o sutil? Já não sei mais. Apenas mais uma coisa pro armário que eu guardo as coisas que eu não sei ou sei lá. Estou cada vez mais distante do mundo e a proporção dessa distância tenho a sensação de que acham que vivo nele.
Me assusto com a minha auto capacidade de tele transporte e uso isso de maneira corriqueira, blasé. É chata a fulana? O assunto não tem graça? O cidadão não se toca? Tem problema não, afinal, eu não estou ali mesmo.
Cada vez mais coisas chatas. Cada vez mais fugas. Cada vez mais perguntas. Cada vez mais coisas pro meu armário das coisas.
Será que eu tô crescendo? Será que é isso crescer? Tenho todas aquelas coisas de gente grande: Canudo, contas, agenda cheia, telefonemas inoportunos (também conhecidos por "importantes"), casa pra limpar, cachorra pra cuidar, mãe pra não me ouvir.
Mas e agora, o que é que eu faço com isso tudo?
Dizem que ano que vem me formo na pós, mas não quero ser pós em coisa nenhuma.
Será que só eu vivo em obras? Tá todo mundo construído, pronto, acabado?
Onde é que fica a placa de retorno?
Quero a carona pra contramão.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

O nome na boca do sapo.

Tá certo. Você venceu. Como das outras vezes.
Aquele sujeito incrível que eu conheci? Sim, sabe aquele, que tinha tudo pra ser marido, pai, amante?Pois é. Ressurgiu depois de um ano. Apenas pra sumir de novo e me mostrar o quanto tens razão. Não , não, não iremos mais para Paris. Tua praga deu certo.
O outro? Tão culto, inteligente, que adorava me levar no teatro e tomar chocolate quente (bem quente) comigo? Virou gay. Acredite. Todo aquele amor eterno dividido com o Carlão, Sergião, ou qualquer desses. Não fiz lá muita questão de saber o nome, embora ele insista em fazer-me de confidente. Eu prefiriria uma loira siliconada e rebolativa. Mas não posso competir com um pau. Não mesmo. Mais uma vez, devo admitir, és um gênio.
E o...ah! Sabia que ele me ligava toda semana, há exatos cinco anos? Sim, mesmo quando estávamos juntos ele nunca me esqueceu. Ligava pra dar "oi", falar qualquer asneira ou me perguntar o que eu estava lendo. Agora? Tá namorando, e até onde eu sei é mulher. Depois de cunco anos e dois namorados (meus, claro), ele, de solteiro à espera de Samantha resolveu namorar, assim. Não duvido que semana que vem esteja noivo e com lua de mel marcada pra Grécia.
Nem o vizinho meu caro. Nem o vizinho. Dia desses mandei uma ingênua mensagem, oferecendo o tal sorvete de morango que venho boicotando há meses por tua causa e adivinha? Fui trocada po um jogo do Santos, contra o Ipatinga, o Ipatnga de Minas meu Deus!!! Pois é, ele além de flamenguista não gostava de futebol. Bem feito, empatou.
Aceito pois tua volta. Rendo-me. Nem precisa ler meus direitos. Só não demora.
Tenho medo de dar mole pro porteiro e ele dizer que é evangélico.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Leve minha bunda dura pra passear?

O meu mundo tá um caos,mas a bunda tá dura. Muito dura meu bem. Pode acreditar.
Já não mais tem gordurinhas, nas costas. O teste do thau? Fichinha.
A perna então tá um espetáculo. Coisa de louco.
Barriga? Onde? Que? Não minha filha, não mesmo.
Eu tô tão gostosa que é uma pena não poder me auto comer. Seria a solução dos meus problemas afetivos para todo o sempre. Quer coisa melhor?
Mas aí, eu pego toda essa gostosura e vos escrevo. Em plena sexta feita à noite. Sabe por que?
Cansei das pessoas. Não tem mais meio termo não.
Se quiser levar minha bunda dura e minhas pernas incríveis para passear vai ter que, no mínimo, me inspirar uma boa divisão de pipocas! Justo não?
Aliás, saiba tbm que não estou inclusa na conta, que, obviamente, o cidadão vai pagar sozinho. Claro.
Mas não, tudo isso é obscenamente hipotético.
Ficarei aqui, linda e morena. Eu comigo mesma, me fazendo companhia.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Olha meu caderno por favor!

Ninguém nunca olhou meu caderno. Ninguém nunca foi numa reunião do colégio. Nem quando eu arrumei uma gangue pra bater no Fernandão.
( Pequeno adendo sobre o Fernandão- Ela era uma menina, um tanto quanto desenvolvida, digamos assim. Um dia ela resolveu me bater simplesmente por que eu era menor e portanto ficava na frente, na fila, por ordem de tamanho. Como eu não tinha força e nem loucura suficiente, subornei os meninos. Prometi fazer a lição de casa de todo mundo, durantes as férias. Outro adendo: Sim, eu já era persuasiva, neurótica e esquisita. E, claro, eu tinha olhos verdes. Então eles, os quatro, aceitaram. E aí, o resultado era óbvio. Ninguém resistiu a pressão da diretora e a mandante do crime foi entregue à própria sorte.)
Nem nesse dia foram. Limitei-me a matar algum ente querido e dizer que meus pais não podiam vir. Devo ter matado umas centenas de vezes minhas primas, tios e outros parentes do interior. Eu não era das mais criativas e a falta de criatividade era proporcional a cara de pau.
Ninguém me buscou na porta de lugar nenhum, nem me botou de castigo, nem me disse "volta cedo". Ninguém.
Ninguém brigou comigo por causa da TV na madrugada, por causa do pacote de biscoitos debaixo da cama, nem por que deixei o bob dormir nomeu quarto, de novo. Ninguém. Ninguém falou nada. Ninguém nunca fala.
Ninguém me disse que não podia ter mundo parelelo, que os amigos imaginários vão embora aos doze anos e que duendes, de fato, só os da Branca de Neve. Ninguém.
E agora, hein?

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Natu-hipocondríaca

Veja bem, pra uma moça que não tomava nenhum tipo de remédio até pouquíssimo tempo, transformei-me numa natu-hipocondríaca. O "natu" tem apenas efeito ilusório, pra eu acreditar que é tudo realmente muito natural.
Ao 12:30 são dois comprimidos de fibra, muito naturais, claro. Serem pra melhorar o processo de digestão , já que eu não tenho uma alimentação mto saudável, digamos assim. As vezes eu esqueço e tomo às 14:00, 15:00, 18:00.
Às 19:00 tem a cápsula de chá verde. Sim, por que o tal do chá é mesmo intragável. Se não for em comprimido tem jeito não. Mas olha, a moça jurou que era natural, naturalmente. Tem dias que eu esqueço tbm, ai tomo na hora de dormir, perto do momento da contagem de carneirinhos, ou seja, lá pelas 2 da matina. Mas não tem problema né? É natural!
Às 21:00 tem o remédio pra evitar a retenção de líquido, deve ser tomado nos 10 dias que antecede meu ciclo menstrual, todo mês. O problema é que meu ciclo, como tudo na minha vida, não é algo exato. Logo, criei um dia hipotético. Começo no dia 17 e tomo o remédio até o dia 27.
Bom, esse eu ainda não esqueci. Ah, devo dizer que é natural, extrato de seilá o que com qualquer coisa.
Por fim tem o acelerador de metabolismo. Às 21 tbm. Eu disse pro moço que precisa do contrário, de algo que reduzisse. Ele disse que não, afinal eu sou uma atleta e atletas precisam de metabolismos rápidos. Tenho a sensação de que o meu vive numa pista de F1, mas tudo bem. O remédio é natural. E se é natural, já sabem né? Não tem problema.
Agora eu resolvi que preciso de algo pra esquecer que eu tomo isso tudo. Natural, claro.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Comunicado. (Utilidade Pública)

Sempre fui diferente das outras crianças. Minha mente era mais rápida, portanto sempre estudei um ano adiantada na escola, mas também era bem confusa e um pouco sem noção. Eu era espontânea demais, transparente demais, desconcentrada demais, inadequada demais, imatura demais. Bom, pra não dizer que eu era o próprio Elo Perdido, também era criativa e esperta demais. Foi na minha pré-adolescência que conheci pela primeira vez a palavra - excêntrica - que minha mãe usava no lugar de – doida - para explicar às pessoas “normais” o meu comportamento diferente dos outros. Sofri um bocado por ser assim, principalmente nos relacionamentos. Ou eu era ansiosa demais, ou dramática demais ou agressiva demais ou impulsiva demais. Eu era a maluquinha da família, que tinha puxado à também excêntrica bisavó Valentina.
por Gisela Rao
Se eu achasse isso aqui no blog, ao acaso, poderia jurar que era uma texto meu...

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Fui me jogar da janela. Volto já.

As pessoas me cansam. O mundo se perdeu. Olimpiada porra nenhuma. Não vou assitir um pais de merda, opressor voraz do tibet ganhar milhões de medalhas de ouro. Não mesmo. Recuso-me terminantemente. Foda-se a china. E os chineses. E os pastéis. (menos os de feira, claro) Não tem como. Se eu abro o jornal pronto. Fulano matou ciclana, crime passional. A ciclana tinha 17 anos, foi esquartejada. Teve até foto no celular. Será que ele queria por no you tube? Se colocasse virava febre. As pessoas perderam o senso. Não do ridículo, perderam mais. Perderam o adjetivo que vem na frente sabe? O BOM. Continuo. Sou insistente e tenho fé. Da página policial, vou pra Política. Mais uma vez (outra). Querem me convencer que a tal da Dilma não teve nada a ver com aquela putaria toda. Aí não dá. Melhor mudar. Tenho cara de otária? Até tenho, mas daí a assinar o atestado em plena segundona não dá não. Resolvo ler Economia. Alguma coisa há de se salvar. Serei eu tão cética? Tão pessista? Tão blasé? Não, não pode ser. "PIB É O MAIOR DOS ÚLTIMOS 50 E 12 ANOS". Desisto. Simples assim. Podem chamar de burra, ignorante, bicho grilo ou qualquer outro que o valha. (Mamãe chamava de excêntrica, para justificar uma filha não tão normal assim, digamos). Vou emburrecer. Não leio mais nada. Nem o essencial. Falerei de coisas superficialmente. Das quais não entendo e nunca irei entender. Falerei de roupas, sapatos e festas. Como se a única coisa realmente importante do mundo fosse ter os dois primeiros, pra ser a top na terceira. Cansei de ser culta, inteligente e malhar que nem uma filha da puta pra minha bunda ficar dura. Cansei dos planos mirabolantes pra fazer a semana render. Cansei das dietas revolucionárias pra arrumar minha alimentação, por que não tive tempo de comer, afinal, a semana rendeu demais. Cansei. Cansei de explicar por que não tenho orkut. Pela milésima vez. Cansei dos argumentos " Não saio só por causa dos meus amigos". Mentira. Ninguém tem amigo lá. Cansei de dar bom dia. Não darei mais. Cansei de tentar entender uma porrada de coisa que ninguém nunca fez questão de me explicar. Cansei de explicar outras tantas que alguém (muitos alguéns) faz questão de não entender. Cansei de tentar não falar palavrão. Sou desbocada mesmo. Foda-se. Cansei.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

No caos (também) se vive.

Eu olho pra minha vida amorosa e tenho vontade de sair correndo. Tenho um talento nato para homem complicado, confuso, imaturo e dependente emocionalmente da mãe. Isso é sério. Muito sério. O médico lá do boxe, para quem confesso, já olhei algumas vezes (ele tem ex mulher maluca, filha adolescente e ainda não se separou no papel. Irresistível) virou psicólogo. Hoje cismei que ele tem que mandar manipular pra mim alguma espécie de calmante natural. Algo que me deixe zen. Desligada do mundo. O dr. sofre minha gente. Ele lá todo pomposo malhando e eu enchendo os culhões do homem. Cara, impressionante o talento nato que eu tenho. Só atraio maluco. O último ex(sim, são alguns) me chamava de catalisador. Vai vendo. Mal sabe ele que tbm está na relação de pessoas não tão normais assim, digamos. Tô na tal fase: Foda-se o amor, prefiro ganhar no roba-monte saca? Pois é. Festa estranha com gente esquisita. É isso. Ou não.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

GIL!!!!
COMO EU PUDE ESQUECER!

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

SIMONINHA
OTTO
MORAES MOREIRA
FERNANDA TAKAI
ELZA SOARES
NANDO REIS
PEDRO MARIANO

Carta pro meu grande amor (na íntegra)

Não tem jeito. A gente se perdeu. Simples assim. Não encontro palavras, saída, tá tudo esquisito demais, cinza demais, cheio demais. Não existe emenda em soneto sem som. É isso. A gente não toca mais. Perdemos o tom. Deus sabe o quanto me dói buscar alguma coisa que eu não sei o que é. Amar um amor que eu amei. Me sinto vazia, sem graça, confusa, perdida e melancólica. Queria (e devia) tomar um porre. Mas eu não bebo. Haja chocolate meu bem. Não há pele que resista a isso que eu chamo de falta, mas que, no fundo, nem sei o que é. Acho mesmo que não sei de nada. Só que eu não queria assim. Desse jeito. Jeito que ... Sei lá. Esquece. Ao invés de "bom dia" eu grito socorro. Mas continuam me dizendo "tudo e você?". Então eu esperneio, me jogo no chão. Não adianta, só sorrisos e porta de elevadores fechadas. Tá doendo. Meu Deus, como dói! Eu queria que fosse mais fácil, sem drama, sem dores, apenas final. E recomeço de qualquer oura coisa. Mas não. Você quer ter histórias pros seus netos. Netos que são filhos de filhos que não serão meus. Que eu tenha loucura suficiente até isso tudo passar. Que teu amor permaneça no meu armário de traças. Como os outros.

sábado, 9 de agosto de 2008

Procura-se um personal resolveitor (aqueles do Tabajara)

Tem horas que eu juro queria um personal resolveitor. É aquele do Casseta sabe? Me vem na cabeça o Bussunda (que Deus o tenha) sorrindo, fazendo um sinal de positivo e dizendo: Seus problemas se acabaram-se!
Pois é. Essa semana ele teria tido todo o trabalho do Universo.
Primeiro: Meu celular pifou. Sim, digamos que sofreu uma pequena queda.
- Atendente: Moça, isso é mau uso, infelizmente a garantia não cobre...
-Você é técnica? Fez curso?
-Não, mas pelo modo que está...
-Olha só, se você não é técnica, está sendo leviana em disgnosticar o problema.
-Mas é que...
-Mnada pra Motorola,quero isso por escrito, depois a gente vê.
Ah, não fóde, dois meses que tenho o celular! Maldito capitalismo, eles fazem aparelhos vagabundos, que não resistem a uma quedazinha. E pra que? Pra você comprar outro.
Não compro. Processo. É, sou mesmo uma pessoa insuportável. E nã tô nem preocupada. Sou eu quem deve seis mil pra faculdade.
Depois disso, o cheque de um cliente voltou.
-Sr. Norberto (olha o nome do infeliz), desculpa incomodá-lo( estou tentando ser amável), mas liguei pra dizer que seu cheque voltou.
- Ah, segura pra mim uns 30 dias, pode ser?
-Claaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaro, sem problemas, eu vou passar uns telefones, o Sr. pode anotar?
-De quem?
- Das pessoas que eu devo (e que muito provavelmente irão me cobrar), o Sr. liga pra elas, e pede 30 diazinhos. Se todas aceitarem, sem problemas.
Ele que vá tomar no meio do cú dele. Na hora de ir desesperado no escritório, e me fazer levar trabalho p casa, tudo bem. Na hora de pagar, quer mais 30 dias? (eu já tinha dado 30). HA HA HA. Era piada. Só pode. O cidadão é portugues.
E, pra finalizar com chave de ouro a Telefônica recorreu no processo que eu ganhei 23 mil! Pode?
Esse ano não sái a motoca, a lipo, a churrascada no Tertúlia...
Enfim, nese momento eu faria sexo com o personal resolveitor, por que afinal de contas, se ele não resolveu nada disso, poderia me ajudar na abstinência, não?
É isso.

domingo, 3 de agosto de 2008

Como você pode dizer que estou perdida, se nem sei ainda pra onde vou?