sábado, 29 de novembro de 2008

Sexo
Sexo
e mais Sexo.
Todo o sexo do universo.
Com letras máiúsculas, por favor.
É só nisso que consigo pensar.
(SOCORRO!)
Assistir "A Favorita" pra ver se rola uma bitoca do cometa com a esquisita tá foda.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Estou de dieta.
Não como mais idiotas.
Odeio gente politicamente correta, que esfrega na minha cara (e na do mundo) uma verdade que não tem e uma felicidade que não sente.

Cabelo novo, resinazinha e a loira.

Meu vizinho era esquisito. Tinha o cabelo estranho, nem grande, nem curto, nem nada. Tinha uma parte do dente da frente quebrada também. Tá, tudo bem. Era pequenininha, mas tava quebrada. E era só isso que eu via nele. Nem aquele carro de 1970 incrível que ele anda, que mais parece uma lata velha, nem os mil sorvetes de morango que ele me chamou pra tomar, nada, nada.
Eu só via o dente quebrado e o cabelo estranho.
Pois bem, de tanto boicotar o moço, as mensagens, antes abundantes, escassearam. O sorriso espontâneo, ficou mais amarelo que o da síndica. E olha que pra ser mais sem graça que aquela portuguesa filha da puta tem que ter talento pra cacete.
Dia desses, entrei no elevador, apertei meu botão e quando a porta tava fechando - pra minha felicidade- (odeio pegar elevador com mais gente. É sério. Parece que sempre tem o Luiz Fernando Veríssimo, no super sincero , me olhando pra todas minhas milhões de imperfeições, pode ser coisa de maluco, mas prefiro fechar a porta correndo ou fazer hora pra poder subir sozinha, eu confesso.). Enfim, nesse exato momento ele entra, com uma loira. (confesso que tbm odeio loiras se elas estiverem com o vizinho), cabelo cortado e pasmem, resinazinha no dente! Pultaquemepariu!!! Ele resolveu aquilo tudo numa tarde barbeiro-dentista e eu me fudi. Boicotei o moço. Tem mais jeito não.
Nesse exato momento me vem a cabeça minha síndrome de percepção retardada. Será que não era óbvio que ele podia resolver tudo aquilo, assim, numa segunda feira? Não devia eu ter pensado na docura, no sorvete, nos DVDs que eu nunca fui ver com ele? Merda.
Fiz cara de paisagem. A distância do térreo pro quinto parecia interminável. A cidadão fazendo chamego nele.
Rezo pra que ela seja burra, chata, filha de uma mãe psicótica-dependente e tenha chulé.
Muito justo, afinal, não posso bater na porta do vizinho e dizer,: Olha, agora que você cortou o cabelo, colocou resina no dente e tá namorando aquela loira gostosona, será que o sorvete tá de pé?
Ou será que posso?

domingo, 23 de novembro de 2008

Gostaria.

Eu gostaria de ser menos densa.
De sentir menos.
De ser mais vazia, talvez.
Gostaria de não ter tanto medo de ficar velha, szoinha, sem marido, sem filhos, sem netos.
Gostaria de poder não fingir que tenho esse medo todo dia, quando coloco minha cara de mulher bemresolvidapagadoradecontas e saio pra trabalhar.
Gostaria que todo o Universo enxergasse que, olha, eu nem sou tão forte assim.
Gostaria que minha mãe fosse menos louca, meu pai menos ausente.
Gostaria de ter um canto pra passar o Natal. Não nenhum dos que me ofereceram, nem os tradicionais. Um canto que fosse meu.
Gostaria de ter vontade.
Gostaria de não sofrer tanto com a libertação do sexo casual.
Gostaria de beijar na boca, andar de mão dadas, jantar sem estar inclusa na conta.
Gostaria de tanta coisa que já nem sei mais.
Venho por meio desta quebrar o silêncio que eu havia prometido pra mim.
Marcelo Camelo está namorando Mallu Magalhães, uma fedelha de 16 anos, cuja musicalidade ímpar lhe rendeu um CD produzido por Roberto de Oliveira (o mesmo produtor de Chico, diga-se de passagem).
Agora tenho motivos de sobra pra me jogar da ponte.
Adios.
Gil, Gil e mais Gil.
É só o que eu tenho pra dizer.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Leve-a, pois.

Na minha alma só sobrou poesia.
Não, não tem mais nada lá.
É pena.
Poesia mata.
Alguém me pede o CD novo do Leline emprestado, peloamordedeus.
Eu juro que nem precisa devolver.
Lenine não dá.
Chico não dá.
Até João Bosco não dá mais não.
Pega na minha mão.
Diz que eu fico linda quando tô brava.
Fala que adora minha mania de eco-chata que ainda usa milhões de sacolas de supermercado.
Vai, colabora.
Com qualquer coisa.
Colabora, mas vai embora.
Na minha alma só tem poesia.
E poesia, mata.

Querido Papai Noel

Esse ano vai ter que rolar um super presente.
Eu que já não bebia, não fumava, agora dei pra não trepar também. (o "dei", no caso, é figura de linguagem)
Justo não?
Juro que eu tô procurando o sapo, pra ver se meu nome tá na barriga do bichano, mas não tá fácil, tá fácil não.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Morar sozinha, ter dois empregos e duas cachorras pode não ser algo muito bacana numa terça feira com cara de chuva.
Acordo, pouco mais de 6 hrs. A casa tá um caos, parece que passou por ali o próprio Katrina. Mas não, moro só eu. Não posso botar a culpa em ninguém pela pia cheia de louça, nem pela toalha molhada que dormiu ao meu lado essa noite.
Preciso lavar o banheiro. A Jade insiste em fazer xixi no tapete. A penelope faz também por que a outra fez. Tá foda.
O cesto de roupa tá cheio e ainda tem algumas calcinhas que eu coloquei de molho (há séculos) por que grudou cera da depilação. Nem santa Brastemp resolve. Penso que quero minha mãe.
Tô com fome e sem nenhuma inspiração pra fazer um café da manhã decente, que mantenha a minha barriga incrível do mesmo jeito que ela foi dormir. Desisto de comer. Viva a vida saudável.
Tomo banho e penso que ao invés de mãe eu preciso de um marido rico. Bom, considerando a minha pequena falta de sorte nos relacionamentos, é melhor que eu ganhe mais e contrate uma empregada. Nem que seja só pra reeducar minha cachorra de 13 anos, cardíaca. Pelo amor de Deus, ensina ela a não fazer mais xixi no tapete! Não, não, não precisa fazer faxina, nem limpar vidro, teto , nem nada disso. Só deixa meu tapete limpo, pra quando eu sair do banho não molhar mais meu pé no xixi alheio.
Ainda tenho que descongelar a geladeira. Ó ceus, alguém me dá uma frost free de Natal? Hein? hein? hein?
Tô atrasada.
Pra variar.
O celular toca.
Quem é o filho (a) da puta que me liga antes da sete da matna?
Só pode ser castigo divino, só pode.
Talvez eu escreva um livro e intitule "RELATOS DE UMA VIDA MODERNA" ou quem sabe "MORAR SOZINHO E SER FELIZ- VOCÊ PODE" ou ainda o clássico "GUIA DA FAXINA RÁPIDA PRA QUANDO SUA MÃE VEM TE VISITAR NO SÁBADO E PRECISA ACREDITAR QUE TÁ TUDO NA MAIS PERFEITA ORDEM MESMO VOCÊ TENDO SAÍDO NA SEXTA E ACORDADO ÀS 2 (ELA CHEGAVA AS 3)"
Quem sabe fico rica e compro uma frost free.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Mas eu não podia.

Mais um plantão do CVV.
Meu dia é no domingo. O corujão. Da meia noite até as 6 da matina.
Pode ligar 141 (se você mora em Santos) ou 13 3234-4111 (do resto do mundo todo) nesse dia e nesse horário que eu vou atender.
Cvv boa noite?
Não foi mais uma noite normal.
Já atendi de tudo por aqui. Gente que quer se matar, gente que quer matar o alheio, homem que come travesti e liga pra contar que não consegue deixar a mulher, mães com filhas gays que não sabem como lidar com o mundo. Já atendi trote, telefone desligado, mudo, choro, grito e nego que quer falar da economia mundial às 3 da manhã.
Poucas vezes me envolvi.
Fui treinada para isso. Por meses.
Nessas poucas vezes quem estava do outro lado da linha não soube (e nem podia) mas eu chorei.
Mas hoje, hoje foi pior.
Chorar é expressão. Demonstra um sentimento. Não importa se alegria, raiva, frustação, medo.
Demonstra e pronto.
Mas não chorar, por falta de matéria prima, é foda.
A moça me dizia que cansou de ser sozinha.
Que estava cansada de estar cansada.
(pausa pra dizer que relatar a ligação não é quebra de sigilo. Não sei o nome, idade, RG e nem onde ela mora)
O filho era um inútil. Só lembrava dela pra pegar o carro.
O pai? O pai nunca ligava, a não ser que precisasse de ajuda, pra resolver algum problema.
O ex-marido trocou mais de 10 anos de casamento por uma vadiazinha qualquer, de bunda dura.
Todos os caras que ela se envolvia, sem exceção, só queriam sexo. Não pagavam nem uma coca coa no motel.
O analista era um banana, que não falava nada, não acrescentava. Pior, ela ainda pagava no final do mês.
A conversa, deprimente sim, mas normal até então, quando você é voluntária de um pronto socorro emocional gratuito, passou a doer quando ela disse:
"- Olha Samantha, tudo que eu queria era me apaixonar. Eu não consigo mais, acho que perdi o dom."
Tive vontade de chamar ela pra um café, de falar mal de homens, de dizer que eu sou bem resolvida, pago minhas contas, estudo, corro, sou gostosa pra caralho, inteligente e mesmo assim não aparece ninguém interessante na minha porra de vida interessante.
Queria que ela dissesse se me acha exótica demais. Será que o problema é por que não bebo, não fumo, não uso drogas, não vou pra balada e abri mão do sexo casual? Será? Será?
Queria chamá-la pra correr junto comigo, as 23, depois da pós.
Mas eu tive que ficar quieta, ouvindo ela chorar, fazendo o "espelhinho" de Karl Rogers e pensando na minha capacidade de não me apaixonar.
Deve ser praga.
Só pode.

sábado, 15 de novembro de 2008

Conversas de msn

- Ana, são 14:06, estou indo na casa do meu ex buscar as minhas coisas, me liga as 14:50? Meu tel precisa tocar, ele precisa acreditar que as pessoas me ligam num sábado à tarde. Não se incomode se eu chamá-la de meu amor e dizer que hoje não tava afim de cinema não.
Pega todas tuas coisas e vai embora.
Não vou pedir por favor.
Eu vou gritar, te escurraçar, te dar na cara.
É assim que deve acabar um quase grande amor.
É isso que fostes.
Tu e essa mania detestável de segunda pessoa do singular.
"Não entendo esse sopro todo, essa ventania que me invade. O grande amor ja passou por aqui, já parou, já ficou...e já foi. Não segurei firme, nem finquei unhas, apenas sangrei. E deixei ir." (MV)

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

as metaaaaaaaaaaaaaaaades
da laraaaaaaaaaaaaaaaaaanja
dois amaaaaaaaaaaaaantes
dois irmaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaos
meu lado brega vai ver Fábio Júnior, e se descabelar por que a porra da laranja estragou.

Ele só tem 21 Deus do céu!

O moço só tinha 21.
E ela sempre disse que menos de 30 não dava não. Que bebam leite. Dizia sempre. Aos quatros ventos.
Mas era um tesão filho da puta.
Um tesão moreno, de mais de metro e oitenta, boca incrível e aquela cara de moço de 21.
Ia no cinema, gostava de andar de bicicleta, até naquele bar exótico que só ela gostava o moço ia.
Mais que isso só se trepasse melhor que o ex. De 30. Seria pedir demais?
Ela não tava numa fase de pedir muita coisa mesmo.
Só me leva pra comer pipoca, fala do teu cursinho e me olha como se eu fosse uma balzaquiana.
Tá ótimo.
Não não. Me leva pra comer pipoca, fala do teu cursinho, me olha como se eu fosse uma balzaquiana e faça um sexo fantástico. Ou não faça, mas fica quieto e deixa eu resolver isso de uma vez.
Pronto.

O moço do correio

Eu lembro que quando era pequena, nuns dois ou três aniversários, quando eu já tinha saído do inteiro e vindo morar na Terra de Gente Estranha, vulgo São Paulo, meu pai me mandava telegrama nos meus aniversários.

Naquela época eu não entendia bem o que era a tal carta rápida e achava que meu pai era o melhor pai do universo, afinal, ele tinha paralizado até o moço do Correio pra trazer o recado dele!

Achava sem graça até as relações de comercial de margarina que as minhas amigas tinham com seus pais, aquela perfeição toda, os passeios pros campings de Itú, pra praia de Praia Grande (que eu tenho pânico, terror e aflição só de pensar), os almoços de domingo, o levar e buscar no colégio, nada, absolutamente nada disso podia ser maior que meu pai e seus recados pelo moço do carteiro.

Não adiantava minha mãe dizer que ele não prestava, que ele não pagava pensão, que cada hora tava com uma namorada nova, que em geral tinham pouco mais que minha idade, que ele tinha seis carros na garagem enquanto nossa marajó tava com o motor fundido, que isso, que aquilo, que aquilo outro e aquele monte de elogio que mães separadas fazem sobre pais filhos da puta.

Nada adiantava.

Meu pai e seus recados pelo moço do Correio era muito maior.

Não me importava se ele ligava a cada seis meses, só pra saber se mamãe tava namorando e esquecia de perguntar todo o resto. Você tá bem? Tem roupa, sapato, comida?
Não, não.
Ele me mandava recados.
Pelo moço do correio.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

E viva os 32!!!

Solteira mal resolvida. Procura-se.

Eu sou a pessoa mais mal resolvida que eu conheço no mundo.
Não fosse a inconstância que num momento me faz pensar que eu nunca mais na vida vou transar com meu ex namorado, aquele músico esquisito por que eu me apaixonei um dia, e no momento seguinte me leva a planejar um strogonoff seguido de sexo, com ele.(o strogonoff apenas para disfarçar a real intenção, óbvio), haveria ainda o que chamo carinhosamente de estabilidade emocional latente, uma espécie de distúrbio pós moderno. Certeza que Dráuzio Varela confirmaria, nessas palavras, caso a doença existisse mesmo.
Essa instabilidade emocional latente, provocada pela absoluta falta de estrutura familiar (nesse caso não é desculpa de psicoterapeuta falida, num quadro desses programegos da tarde, é a pura realidade mesmo), eu ainda seria absolutamente mal resolvida.
Eu não sei o que eu quero.
E nem o clichê do "mas sei o que eu não quero", rola no meu caso.
Não sei nem uma, nem outra coisa.
Aliás, não sei de porra nenhuma ultimamente e antigamente.
É um verbo próprio, impróprio, definido e indefinido, tudo ao mesmo tempo. Não há semântica que explique.
Há uma mistura plena de tempos, pretérito, perfeito, mais que perfeito, imperfeito. Junta-se o presente, o do subjuntivo e o outro que eu já também não sei, e o futuro.
E eu fico ali, parada no meio de tanta gramática, tentando entender esse meu talento nato pra pessoas complicadas.
Eu estou solteira.
Mas é como se nunca estivesse.
Por que moro com todos os meus fantasmas e todo dia antes de dormir eu abro o armário, eu olho embaixo da cama, até naquela caixa de quinquilharia eu mexo todo santo dia, só pra ter certeza se todos eles estão lá. Seria impossível dormir sem um deles.
E no exato momento que alguém entra na minha vida, o que não é comum, vira fantasma, eu boto numa prateleira qualquer e todo dia antes de dormir vou lá, pra ter certeza se ele não aprendeu a voar, a passar pela porta, ou qualquer outra artimanha do ghost.
Não , não. Todas minhas caixas, meus armários, e a parte debaixo da minha cama são muito bem trancadas.
Às vezes penso que uma hora dessas não vai caber mais nada lá. (o lá é aqui)
Mas essa multidão toda me dá segurança.
Uma segurança mórbida mas mé dá.
Ninguém pode me machucar, me magoar, me deixar triste.
Eu tenho meus fantasmas, que são só meus.
E estão ali, dia após dia, de braços abertos.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

me leva pra ouvir musica amanha?
me conta uma história de amor impossível?
me diz que saudade não mata ninguém?
Anunciaram a chegada do Papai Noel.
Sério.
Não tô pronta pro Natal.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Gozai-vos (nos) irmãs!

Toda mulher deveria saber gozar. Não com ajuda do alheio.
Evitariam-se relacionamentos medíocres, com fodas mal dadas aos fins de semana.
Evitaria-se a humilhação de um amor não correspondido.
Evitaria-se o a-romantismo dos abrúpedes.
Toda mulher devia saber gozar. Não com a ajuda do alheio.
Gozar, por si, é libertação, num país onde a bem pouco tempo mulher casada tinha Estatuto ( década de 60) e perdia, relativamente, sua capacidade civil.
Dum lado os machistas hipócritas, falsos morialistas de merda, envoltos na esfera da putaria legitimada, nonde o macho pode tudo e a fêmea apenas procriar e cuidar da prole. Do outro, moçoilas desvairadas que enxergam a relativa incapacidade civil, criada pelo legislado em 60 e poucos, como algo mui justo, tendo em vista a união com um ser do sexo oposto, o que, por óbvio, demonstraria sua incapacidade, afinal, não se uniu ela a uma ameba?
Toda mulher devia saber gozar. Não com a ajuda do alheio.
Nós não tínhamos CPF.
Morríamos em nome da legitima defesa da honra.
Queimamos sutiãs, calcinhas e todo um aparato apenas para alcançar uma utópica igualdade que, confesso, nem sei o que fazer com ela.
Agora não, agora de tanto que mentiram pra nós, mulheres, a gente até tá se achando muito igual, igual demais.
Essa igualdade não existe.
A gente apenas aprendeu a gozar.
Graças a Deus.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

A menininha não usa Giovanna não meu amor. Ela apenas anda de mãos dadas com "teu" homem e tem coragem de escrever o que você deletou. Simples assim.

Um porre.

Hoje uma amiga me passou o blog de um cidadão que se entitula cafa. (O "cafa" no caso vem de cafajeste)
O sujeito pretende (de maneira modesta e com muita humildade) ser uma espécie de auto-ajuda-de-araque pra mulheres.
Bom, só se for pras mocinhas de 18 anos que ele anda comendo por aí e que, carinhosamente, ele chama de lanchinho. Me recuso a acreditar (usei a próclise no lugar da ênclise- que seria a correta- mas ele não entenderia isso) que uma mulher madura, bem resolvida e com mais o que fazer consiga achar graça naquela merda. Sério.
Minha amiga lê por falta do que fazer. Certeza.
O que me deixa mais indiganada, pra não dizer frustada e totalmente discrente da minha raça (por raça entenda "mulher, o bicho besta") é que um monte de criaturas perdem seu tempo lendo aquilo. Texto mal escrito, português sem graça, estórias faraônicas e repetitivas.
Ele come todo mundo.
Vai pra balada.
Fala dos "lanchinhos", da "geladeira", do "combo de mensagens apaixonadas"..bla bla bla.
Sem graça.
Será que todo babaca acha que mulher liga no dia seguinte? Que manda mensagenzinha de amor?
Não meu bem, "EU NÃO LIGO NO DIA SEGUINTE E ODEIO ESCREVER NO CELULAR. NÃO MEU FILHO EU NÃO VOU NA SUA CASA VER FILME COM VOCÊ E ACHAR QUE NO FINAL DELE NÓS NÃO VAMOS TRASAR. É MUITO MAIS PROVÁVEL QUE EU TE COMA E VÁ EMBORA. EU JÁ SEI QUEM É O AMOR DA MINHA VIDA."
Pior que isso. Chama o pau de mininão.
Porra" Não fóde meu filho. Nenhum homem que se preze chama o pau de meninão.
Pensem comigo:
Você tá lá, no maior amasso com o cidadão, louca pra dar, mas fazendo tipo.
Até ai, normal, mulheres as vezes fazem tipo. Bom, quase sempre a gente faz tipo. Se for na primeira vez então, é praxe.
Bom, voltando ao foco da questão, você tá lá. Linda e gostosona, com sua depilação de R$60 cherósa, bem arrumada e com seu papo incrível e a boca da Angelina Jolie, afinal, a propaganda jurava que o batom deixaria voc~e assim e o filho da puta, no meio do clima diz: "Pega meu meninão".
Cára, só vejo três alternativas:
A- Sair correndo literalmente e rezar pro pai do meninão não ter seu celular. Se ele tiver você compra um OI, resolve de uma vez essa indecisão de mudar de operadora e de quebra, além de se livrar daquele ser medonho, ainda fala de graça três meses, de OI pra OI ou pra fixo. ótimo.
B- Senta o moço e dá um aula de coisas brochantes pra ele. Diz que ele não pode falar mais "meninão", nem fazer competição de arroto ou achar que toda mulher gosta de ter sua cabeça empurrada pra baixo, quando faz, ah, digamos, bom, esquece. Não meu querido, tem coisas que só funcionam em filme pornô.
C- Fingir que não ouviu aquela merda e tentar salvar a transa. Mas acho isso muito improvável a não ser a carência (leia-se necessidade) for gritante.
Desde que comecei a escrever me permeti falar qualquer merda que me dê vontade, mas daí a ter a pretensão de acreditar que isso é auto ajuda, tenha dó né? Bom, eu escrevi um post inteiro praquele merda só pra dizer que se, um dia, por acaso, vocês encontrarem na internet um blog com essas características, não leiam. Óbvio que não vou passar o link por que todo mundo iria lá. É isso. Samantha muito revoltada com aquele bosta.