quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Todo dia a Jad faz xixi no tapete da vizinha.
Todo dia eu olho e deixo ela fazer.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Ele canta João Bosco pra mim.
E me acha linda, incrível e fantástica de um modo que nem a minha mãe nunca achou.
E ele é doce.
Mas não enjoa.
E de repente as estrelas e a chuva e o tempo bom são apenas detalhes na noite do mesmo lugar.
E eu penso que tá tudo errado.
Mas nunca esteve tão certo.
E penso também em chamá-lo pra Terra do Nunca.
Mas não posso.
Ele é o super herói de mais algúem.
Alguém que me acha a Jade.
Até a moral e os bons costumes é apenas uma questão de encantamento.
Me perco.
Te encontro.
Me perco de novo.
E então, todo esse texto sem sentido, fará você sorrir.
Só sorrisos e café.
Sem a moça boicotada da festa particular.
Nada que eu faça por medo é virtude, nada que eu faça por amor é pecado. (JB)

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Ela só queria alguém que entendesse seus sonhos
Que dissesse palavras fáceis
Que nunca lhe trouxesse dor

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

...Um girassol nos seus cabelos.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Sibutramina.

Nunca me importou o fato de ela ser vendida em caixas com tarja preta, sob prescrição médica, com receita controlada. Também nunca fez diferença nenhuma todos os especialistas dizerem e as revistas especializadas alertarem sobre os malefícios do consumo em excesso, sem orientação. Acredito que nem o próprio Papa me faria mudar de idéia. A sibutramina era eu amor, meu ódio, minha angústia e minha libertação. Era meu vício. Só meu. Afinal, ninguém sabia que eu consumia dois sagrados comprimidos por dia. Óbvio. Eles ficavam num vidrinho de homeopatia, vidrinho esse que eu jurava ser um inocente remédio natural pra cólica. Eu sempre fui muito criativa. Pois é. Minha dependência durou mais de um ano. Dias e dias sem comer. Ância, tontura, dor de cabeça e ausência total de fome. Os sintomas físicos não chegavam nem perto dos emocionais. Eu vivia irritada,chorava fácil, tinha vontade de matar as pessoas (sério). E então tudo mudava de repente. Eu ficava alegre, agitada, com pique pra fazer mil coisas. Nessa época não raro eu chegava da faculdade e após 16h na rua (8 trabalhando e 4 estudando) eu ia limpar a casa. Lavar o banheiro era terapia. Eu esfregava os espacinhos entre os azulejos com uma escova de dente velha e pensava, não nego, que alguma coisa não iam bem. Pessoas normais comeriam e iriam dormir. Eu não Eu limpava o banheiro, o espacinho entre o azulejo com a escova de dente velha. Eu tava magra, muito magra. Mas não comia. Uma simples barra de chocolate devorada num momento de distração me fazia chorar por horas, embaixo do chuveiro. E aí,bom, aí eu não saía de casa, afinal eu estava gorda. Muito gorda por causa do chocolate. O fornecimento da bolinha mágica vinha do Rio, de um amigo antigo e muito querido que, claro, como todos os outros não sabia de todo esse descompasso que eu vivia dentro de mim. Ele achava que "era coisa de mulher" e liberava a cada 15 dias mais uma caixa. Às vezes elas vinham por sedex, quatro de uma vez só. E eu ficava feliz, e saía, e dizia eu te amo pra todo mundo que eu queria matar horas atrás. Eu nunca usei drogas (fora a sibutramina), mas creio que esse deva ser o ápice do sujeito que consome cocaína. Ver a droga ali, toda pra você. Como não ser feliz com 4 quatro caixas de Desoded em casa? Elas eram minha paz. Eu vivi assim por muito tempo. Alheia a realidade das coisas. O remédio mexia a tal ponto com meu humor que eu não me dava conta de muitas coisas que se passavam ao meu lado. Era uma tentativa tão desesperada de sobreviver à ele (e com ele), que não sobrava tempo pro resto todo. (continua)

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Antigamente eu podia chamar a tia, dizer que não tava conseguindo colorir sozinha.
Agora? Agora inventaram a tal da teleconferência e nem dá mole pro professor gatão grisalho eu posso mais.
Definitivamente tá foda.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Eram mais de três.
Ele deu sorte.
Tomei banho, preguiça e Saramago. Não teve como sair.
Eram mais de três.
O porteiro avisou. Era ele
Não deu tempo de pedir pra dizer que eu mudei, que morri ou que estava na Tailândia.
Me limito a um "pode subir".
Falta a voz. Maldito efeito surpresa.
Ele sobe.
Nesses dois minutos que o separam da porta de casa, enquanto escuto o barulho do elevador subir, penso em como agir, o que falar, não falar e se a calcinha é preta. Ele gosta de calcinha preta. Troco.
Ele entra e me beija. E me beija mais. E me beija mais.
Solta meu cabelo.
Tira minha calcinha. Agora preta.
Tudo isso sem oi.
Sem tudo bem.
Sem como vai você.
Não há meias palavras,nem desculpas. Só amor.
Todo amor do mundo sempre.
E então ele daz o que tem melhor. O binômio.
Lingua e o que há embaixo das minhas saias.
Combinação perfeita.
Ele está de joelhos.
Me chupa, me chupa e me chupa mais.
E me chupa.
E de novo.
E mais.
Transamos.
Trepamos.
E fazemos amor.
Acho que pela primeira vez na minha vida eu rezei depois de gozar.
Peço a Deus pra que ele vá embora mudo. Do mesmo jeito que entrou.
Não quero lembrar que dormi com ele tantos dias, que procuramos apartamento na internet, que conheço a família inteira e os amigos, na posição de futura esposa, de mãe dos filhos dele.
Não, não quero lembrar disso tudo.
Pelo amor de Deus não.
Rezo de novo.
Me sinto uma herege.
Mas Deus tá de férias, de folga, ou de sacanagem mesmo.
Ele não só não vai embora como acende um cigarro.
Pede comida chinesa.
E rolinhos primavera pra mim.
Reclamo do meu biscoito da sorte que veio quebrado.
Sem me dar conta que o maior milagre da vida tá ali.
Deitado, fumando e mechendo no meu celular.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Bote um óculos escuros.
Desfile sua bunda dura por aí.

Apenas um bom motivo.

Sabe quando alguém diz "Me dá três bons motivos pra eu fazer isso/aquilo/aquilo outro pra você". Tipica coisa de mãe, sabe?
Hoje eu diria apenas um. Eu me depilo com cera quente! Sério, acho agora que tenho desculpa pra qualquer coisa na vida.
Pense bem.
Ontem foi dia de ir na Marli. Depiladora e carrasca que me acompanha a uns bons anos.
A cena era a seguinte.
Samantha de calcinha microscópica. Por que é esse o modelo que se usa quando vc pretende "fazer a virilha". Sim senhores, aquelas virilhas lisinhas que vocês encontram na sexta feira, deram muito trabalho na quinta e justificam qualquer crise existencial se acaso ela for trocada por um jogo de futebol não programado, apenas pra adiantar o do domingo. Pois é. Tudo em mulher tem uma lógica. E como eu sou uma santa criatura, vou dividir parte dela com a humanidade.
Voltando.
Calcinha microscópica vermelha (as outras estavam sujas. Só lavo roupa aos sábados. Não raro na sexta desenterro calcinhas estranhas. Ora uma de bichinho, ora uma vermelha matadora e por aí vai). Cera quente pra cá, cera quente pra lá. A boca da bichinha bezuntada daquela merda toda. Começo a pensar que eu nunca mais deveria dar na minha vida. Assim poderia viver peluda e pronto. Ou então ficar mesmo a lá Ohanna. Sei lá. Qualquer coisa que me livrasse da seção (ou seria sessão? sesão?) tortura mensal.
Mas como não tenho coragem nem pra uma coisa, nem pra outra, aguento o martírio.
A pior parte ainda está por vir.
Sim, tem coisa pior que cera quente na região definida pelo guia de reprodução humana como "grandes lábios". Cera quente no rabo.
Sim, atire a primeira pedra a mulher que nunca depilou lá. É, lá mesmo.
Eu nunca tive nenhum problema com meu próprio cú. Ele é meu e faço dele o que quiser. Pago minhas contas, sou maior e vacinada né não?
Eu lembro que mesmo na faculdade, quando rolavam aquelas "roda da verdade", falar em sexo anal era um tabu. Mulher assumir que faz então, nem pensar. Santas imaculadas! Eu nunca me importei em assumir isso, nem assumir que já beijei mulher, que quero transar com dois homens, nada nada. Sabe por que? Eu sou isso. E quem quiser gostar, vai gostar assim. Não vai levar meia verdade. Por que meia verdade é mentira inteira. (Nesse momento penso que minha amiga Vanessa pode ler essa merda toda. Penso em apagar tudo. Mas ela não. Ela é grande o suficiente pra entender, senão, pra aceitar. No dia em que eu deixar de escrever o que quero pra que alguém não leia, deleto o blog. Não terá mais sentido mesmo).
Enfim, a questão é o rabo e a cera.
De repente você passa da posição frango assado, método tradicional de depilação da virinha e fica de cócoras. Com uma mãe segura uma banda da bunda e a calcinha. Na outra, a outra banda e no meio, nem preciso falar. Mais cera! Imagina. Coisa linda não?
Bom, depois de todo esse sofrimento e de ter uma mulher que te toca mais do que qualquer homem, a porra da calcinha gruda nos pedacinhos de cera e dói pra caramba tirar no banho depois.
Isso tudo foi só pra dizer que eu posso fazer qualquer merda.
Eu me depilo.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Conversa entre irmãs.

-Ai Samantha, quando vcs vão sair desse "não fode e não sái de cima?"
-Antes eu tivesse a primeira opção...

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Ano Novo Ano.

É claro que eu desejo coisas boas, vibrações positivas e toda aquela parafernália de sentimentos que me mandam todo final de ano por email e mensagem de celular.
O que não dá é pra acreditar que vai mudar tudo de um dia pro outro, como num passe de mágica. No dia 31 eu durmo filha da puta e pronto! Dia 01 lá estou eu, uma boa pessoa, cheia de amor ao próximo. Não, não dá mesmo. Não sou tão boa assim.
Infelizmente eu sou demasiadamente cética pra certas coisas. Vagabundo faz sacolinha de natal (1 vez por ano!!!) e acha que comprou o bilhete de entrada no céu. Sem escalas, claro.
E o resto do ano todinho? Ele trata mal o jornaleiro, a moça do caixa da padaria, os velhinhos que não atravessam a rua mais rápido (...)
Eu continuo a mesma.
Continuo pragramando dietas mirabolantes pra segunda. Como uma barra de hersheys inteirinha sozinha na quarta. Justifico com o excesso de trabalho. "Vai lá Samantha. Você trabalha pra caralho". E pronto. Como em paz.
Continuo preferindo cachorros à pessoas.
Continuo com meus mil amores, mesmo tendo o coração vazio.
Continuo detestanto lavar banheiro e passar lustra móveis , mas faço tudo isso. Quando você mora sozinha, até barata se aprende a matar. Quando eu tinha mãe em casa, me dava ao luxo de gritar, me trancar em algum cômodo bem longe da bicha e implorar pra minha mãe matar ela logo. Hoje dou risada quando lembro.
Continuo indo ao Sesc, vendo milhares de cursos e coisas e não fazendo nada. A desculpa é a mesma do chocolate. Aliás, eu sou uma pessoa que se auto desculpa muito bem. Eu justifico tudo. Todas as minhas merdas são perfeitamente explicáveis no meu sistema inquisitório.
Continuo egoísta, passional, insensível e blassé. Definitivamente muito blassé.
A virada não me mudou.
Eu tenho feito o melhor pra mudar ,senão todos os dias, pelo menos quando a vida exige.
Desejo o mesmo ao Universo.
Mudança plena, constante, lenta.
Que é pra não correr o risco de errar alguma placa.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Minha vó dizia que sai na urina.
Acho então que ando fazendo pouco xixi.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Conversas de fim de ano (e de noite)

Samantha, que tu pediu de ano novo?
E se pede no ano novo também?
Lógico, Natal E ano novo.
Ótimo. Vou pensar então. Espera.
***
Pronto.
Que tu pediu?
Um homem.
PORRA! mas tu tem tantos...
Pois é, é que eu já tinha pedido todas as coisas boas no Natal.
Minha mãe, prazer.
"Quando eu olhar pro lado, eu quero estar cercada só do que me interessa"
Lenine