Ah...Cordel! Música que vem na alma, que desce, sobe, irradia e invade. Leva tudo de ruim. Deixa a sensação de paz.
E quem não gosta de paz?
Bom, mudando de assunto, a estória dessa semana, será sem dúvidas a narrativa da epopéia do papagaio, contada por mamãe. Bora?
Ah Samantha, você tinha uns 8 anos. É, por aí. Encasquetou que queria o papagaio do vizinho. Que ele não cuidava do bicho, que ele não cantava pra ele, não ensinava palavras novas, que o pobre não era feliz e todo aquele monte de coisas que só você sabe dizer pra convencer um esquimó a comprar gelo.
Não bastasse isso, você começou a ficar horas com o bichano. Chegava do colégio e pronto. Ia direto pro muro que dividia as duas casas e ficava lá tagarelando pro coitado do papagaio!
Até então eu e o seu pai achamos que passaria, afinal, você tinha trazido 1 cachorro e 2 gatos da rua (hábito que eu cultivei por anos, diga-se de passagem, até a chegada da Penélope), mas o infeliz sumiu!!!! E o vizinho, claro, veio direto aqui em casa. Você, mula pra cacete, fez a maior cara de compaixão e disse que se visse ele pela vizinhança devolveria, claro.
Jurou pra mim e pro seu pai que não tinha pego o bicho, que a gente podia procurar, não tinha como esconder, ele iria fazer um escândalo, a empregada ia ver, bla bla bla
E durante muito tempo você cuidou dele, escondido no pé de manga! Quando descobrimos e fomos dá "a lição de moral da semana", como bons pais, você simplesmente disse: "Não roubei coisa nenhum não. O que é mais importante: A propriedade dele ou a falicidade do Sidney Magal ?(sim, eu mesma dei o nome...hahahaha)
Puta que pariu! Não tinha como ser sua mãe, você sempre tinha resposta e teorias pra tudo e sabe-se lá como, elas funcionavam pra você.
...histórias de mamãe.