quinta-feira, 28 de maio de 2009

Todo mundo normal que eu conheço anda tomando antidepressivo e indo (regularmente) ao psiquiatra.
Eu não.
Será que enlouqueci?
Mas eu tô tão feliz, mas tão feliz, mas tão feliz que nem sei sobre o que escrever.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Acho que devemos fazer coisa proibida - senão sufocamos. Mas sem sentimento de culpa e sim como aviso de que somos livres. Clarice Lispector.
A coisa mais proibida que tenho feito é tomar danone escondido da minha cachorra. Pois é, ela adora danone.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Cotidiano.

Cena 1:
A mocinha recebe uma ligação, por volta do meio-dia, sexta-feira: - Vamo almoçar? - Vamo! - Tu paga! - Eu não, eu sou pobre, tu que paga. - Porra, nunca vi uma advogada tão fudida... -Nem eu. ****
Cena 2:
A mocinha passeia na rua com a cachorra, após um longo dia de trabalho e inglês e boxe e todas as coisas do mundo (por volta das 23:30h) -Posso te conhecer*? -Não -Por que? -Por que eu não tô afim. -Ah tá. * Frase dita por um desconhecido na esquina da casa da mocinha.
...e um suco de laranja, sem açúcar, com gelo separado por favor. Pequenas coisas.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Todo meu polissindeto pra ti.

E eu olho pra você e vejo que todo mundo te acha lindo. Até a irmã da minha cunhada, uma criatura fantástica por sinal, te acha lindo. Tenho que casar com você. E eu vejo as pessoas sempre me dizendo pra te segurar. Mas eu não sei o que se faz pra segurar alguém. E então eu continuo sendo só eu, cheia de defeitos e coisas e todas besteiras inerentes aos que tem menos de trinta. E você me acha incrível. Gosta do jeito que eu falo com o porteiro, da tua mulherzinha, quase pós graduada. Tudo é engraçado, é doce, é delicado. Até a minha intempestividade pra ti é calma. Acho que a única pessoa que me acha calma no mundo é você. Nem minha mãe seria capaz de tamanha generosidade, ainda que disso dependesse um prêmio rídiculo de algum programeco vespertino. E eu continuo ali te achando um príncipe, daqueles de contos de fadas. Nada mais é inacabado, imperfeito, estragado. Não procuro mais a erosão. Só a calma dos que amam. E amam e amam e amam mais. E é tanto amor que parece que não cabe em mim. E não cabe. E aí eu divido com você.
Fantasmas sempre volta. Doces. Absurdamente doces. Naquele dia eu prometi que não tomaria banho antes, que não me importaria com a minha sombrancelha, que a falta de tempo não me deixa fazer. Também não tem problema se minha unha não está com aquele tom de vinho que ele gosta. Não faz diferença se a calcinha combina com o sutiã ou se minha blusa tá meio molhada, deixando claro que fui ouvir toda aquela vida que ele tinha pra dizer depois do boxe, apenas encaixando na minha santa rotina. O que pra ele era muito mais que aquilo, pra mim era só aquilo e aquilo mesmo. Não dessa vez baby. Não dessa vez. Não paro mais meu mundo por você. Fui descabelada, unha e sombrancelha por fazer. Roupa de academia, sem graça. Mochila. Não havia como caracterizar mais o meu desleixo. Tava ótimo. Sentei e ouvi. Ouvi e ouvi mais. Tudo que ele queria dizer, todo o amor do mundo que ele queria me dar. Ouvi o pedido de desculpas, que antes tão esperado, agora não passava de um pedido de desculpas de alguém que me esbarrou no metrô. Ouvi dos medos, dos sonhos, ouvi a promessa de casamento, pasme, no dia seguinte. Ouvi e ouvi e ouvi. E pra alcançar tanta maravilha, basta largar meu namorado. Simples assim não? Pois é. Mas AGORAnão dói mais. Aquelas noites em que eu não dormi, por que Lenine cantava no meu ouvido, mesmo sem som algum, agora são tuas. São só tuas. Divirta-se.