quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Esse ano a Samantha fará farofa de banana no Natal.
E comerá ela toda sozinha com o grude dela.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Eu gosto de homens e mulheres. E você, o que prefere?
Se eu não fosse hetero até o último fio de cabelo, juro que mandaria uma cantada dessa.
Mas esse culhão só Ana Carolina meu bem.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Ela tinha pelo menos 10kg a mais que eu. E a bunda dela nem era dura. Aliás, acho que dura mesmo só de grana. Concluiu o segundo grau a duras penas, por que conciliava as aulas com os shows do namorado pagodeiro (com banda e cd e todo o resto). Namorou com um cidadão de cabelo loiro e boné "pra trás" durante toda a adolescência. Jurou amor eterno, chegou até a ficar noiva. Mas o moço trocou pela miss qualquer fruta de maio.
Hoje trabalha como caixa na Americanas. Unha quebrada, se veste mal. É brega mesmo. O último livro que ela leu deve ter sido algum indicadopela professora que tentava ensinar Literatura em escola pública. Mémórias póstumas. Foi esse. Só pode.
Não, ela também não é mais nova. Deve ter bem uns 5 anos a mais. Mas qualquer um daria 10. Tá acabada a moça. Só ouve música pop. Hits do verão.
Mesmo assim ele me trocou por ela. E eu fui chorar pra minha vó. Chorei, chorei e chorei mais. Engasguei com tanto soluço. Sequei o rosto e chorei mais. Desamor tem que ser assim. Com muita lágrima. Principamente se você foi trocada por outra e essa outra é mais feia, mais velha e mais pobre.
Nada justifica. Só me restava xingar a infeliz. E chorar pra minha vó. E contar que na última sexta eu esperei ela sair da loja, fiquei dentro do carro, segui a desgraçada de ônibus, até o final do mundo onde ela mora. Fiquei chorando e olhando de dentro do carro. Ela desceu do ônibus, cheia de sacolas, passou na padaria, pegou pão, um pacote grande. Foi pra casa e mandou mensagem pra ele, com direito a risadinha e suspirinho antes de entrar portão afora. Quase bati na porta de algum vizinho, que pudesse me dizer alguma coisa.
Que pudesse explicar por que uma mulher linda, inteligente, culta, bem educada, fina e cheirosa e incrível como eu tinha perdido ele. Pra ela. Seria mais ou menos assim: O que ela tem que eu não tenho?
E ela não tinha nada. Só ele.
E eu trocaria minha faculdade, minha pós, meus cursos de inglês inacabados, minha casa em bairro chique, meu carro, meus cremes, minhas maquiagens, até meu melhor jeans eu trocaria por ele. Mas ela não ia querer a troca. Quem trabalha feito escrava na Americanas não teria tempo pra usar tudo isso. Ela preferiria o ônibus e o pacote de pão.
Vovó ouviu tudo calada. Ouviu o choro, as lamurias, me ouviu xingar a moça, xingar ele, xinguei até o DEM. Roguei praga, ameacei fazer mandinga.
Vovó com toda sua sabedoria de mulher com mais de 70 disse só uma coisa, uma só:
Ela também tem buceta minha filha.
E voltou pra cozinha por que tinha panela no fogo.