Que o brasileiro quer ser esperto e sempre (SEMPRE!!!) passar pra trás o alheio eu até entendo, mas daí a me mandar o atestado de otária e querer que eu reconheça firma tá longe né?
Conversa com a Telefônica(após 40 minutos de enrolação personalizada, musiquinhas cretinas e stress crônico, o meu claro):
E qual o seu nome?
Carla.
Certo, e o sobrenome?
Carla da Silva Sauro.
Ok, você me passa por gentileza seu CPF?
Senhora, não vejo em que pode ser útil isso em nosso atendimento...
Como não? Primeiro, é senhorita Carla, ainda não casei querida (odeio ser chamada de querida, contei piamente com isso para irritá-la). Depois, não sei em que mundo você vive, mas no mundo de hoje, a probabilidade de uma quadrilha redirecionar minha ligação é enorme, preciso do seu CPF para consultá-lo no site da Receita Federal e verificar se és realmente a Carla da Silva Sauro. Você não soube do caso daquela senhora em Araraquara? Ai menina, que barbaridade! Aliás, estou on line, o site da Receita sabe? Graças a um super mega ultra serviço da Telefônica, o speedy. Mas isso conversamos depois. Qual seu CPF?
Meu cpf é 12345689-00
Certo, e sua matrícula?
Mas senhora...
Carla, é senhorita querida! Olha, preciso me cercar de cuidados querida, Olha, dia desses uma vizinha caiu no golpe do sequestro relâmpago sabe? Pois é, coitadinha da Cleide! Ai menina, a família sofreu tanto, ela colocou até ponte de safena!
R-11111
Oi?
É a matrícula SENHORITA.
Você está chateada querida? Ah, isso passa, ela volta, fica assim não. Bom, você pode tranferir minha linha pra controle?
E assim, depois de deixar a cidadã muito da irritada ela transferiu, mesmo com débito e sem a suposta "disponibilidade", afinal, tudo que ela queria era se livrar de mim, ou seja, exatamente o que eles esperam de nós.
Mais vale um telefone desligado do que um problema resolvido.
Não dessa vez querida. Não dessa vez.